domingo, 3 de abril de 2011


Eu andava mesmo colecionando derrotas e me mantinha em black e White, talvez para me defender das cores todas.
 Bastou um olhar seu, para colorir meu eu.
 Eu não estava acostumada com essa felicidade toda. E fugi. Fugi com medo do que você já estava me fazendo sentir e das cores que você colocou em mim, com aquele olhar rápido de quem está procurando alguém pra fixar a vista.
 Mas sempre me disseram que amor e dor não rimam por acaso e que olhares assim- como o seu- enganam corações fechados.
  Quando o amor quer acontecer, ele brinca com a gente. Primeiro é essa falta de palavras e o receio que a gente tem, antes do começo, do fim. Com nós dois, não foi diferente. Lembro de você, todo decidido, vindo falar comigo, e eu, na defensiva, não consegui olhar os seus olhos.
 Você não conseguiu desistir de mim e eu, sentia, loucamente, que não deveria afastar você.
 Todo o meu recuo e a sua coragem, foram nos aproximando, e nós, nos apaixonando.
 Olhando assim, daqui de fora onde estou, o amor não acontece de repente, talvez por acaso, mas sim, gradualmente, é como uma fogueira que você vai colocando lenha, no começo só para ver crescer e, depois, pra manter acesa.
 Eu fui me livrando da minha 'exitação' e nós dividimos os nossos sonhos.
 Existem amores que foram feitos pra durar.
 Cada palavra que você me dizia, era como se fosse álcool para aquela fogueira (lembra?).
 No começo eu achava que você mentia pra mim, mas você era e é sempre tão sincero.
 Tem gente que acha que a gente não deve mudar por amor. Pois, eu, mudei sim por você. Perdi todo o meu medo de me machucar, de perder o ar, de me arrepender e de colorir as coisas.
 Você me faz bem.
 Você me leva aos extremos.
 E, sempre que lembro do começo, do seu olhar, eu sei que, sim, só pode ter sido mágica.
 Duas vidas podem se tornar uma, sem deixar sonhos para trás e abafar vontades.
 E quando você me beija, me abraçando e me amando na sua respiração, é que tudo muda de cor. Você sabe perfeitamente que o contato dos corpos tem que ter calor, respiração e olhares.
 E eu não tenho medo de te perder.
 O medo é a falta de magia.
 E com você, meu amor, isto é inutil.
 Eu gosto da claridade de estar com você.
 Gosto do seu abraço quente e calado.
 Da sua sinceridade, quando diz que quer passar uma tarde sozinho e o outro dia comigo.
 Gosto da purpurina e das cores da nossa historia.
 Eu gosto, amor, de você ter me libertado.
 Da ausência de dramas e dores.
 Que algum dia doa, mas que antes, arrepie, despentie, taquicardie...
 Afinal, a vida é isso, uma coleção de lembranças.
    (Arlene Oliveira )

3 comentários:

Atillena Aquino disse...

Sem comentários, já comentando! :)

Anônimo disse...

Lene Minha fia vc botou pra lá nessa' Parabéns !!


By --> Lizandra

Arlene Oliveira disse...

:D
Briigada prima!

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