A beleza daquela borboleta pairando na altura do meu calcanhar não foram suas acrobacias, a sua cor ou o seu bater de asas apressado. O que me impressionou naquilo tudo foi a semelhança da borboleta laranja comigo.
Foi o vôo baixo dela, quando poderia , com toda liberdade, ganhar os ares. A capacidade de transformação daquele ser, que apesar de ser varios, é um.
Ela, assim como eu, estava vivendo no baixo, sem fazer barulho e esforço, apesar das forças das asas.
Aquela borboleta pré-voando, me mostrou a intensidade da pré-vida que eu estou levando.
E eu quero alcançar os céus, alçar vôos que cansem as minhas asas de borboleta laranja.
E que as minhas asas não impeçam meus pés de tocarem o chão.
E que as minhas asas não impeçam meus pés de tocarem o chão.
(Arlene Oliveira)
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